A Pele da Terra 6
The Skin of the Earth 6
Photo-object, 2023
By combining a magnifying mirror with Amazonstones, a game about visibility is established. The mirror, used here as a base to support the minerals, creates a duplicate of the object. While getting closer to the piece, the subject is able to simultaneously observe the stones, their amplified projection, and his/her own face reflected on the polished surface of the mirror. Its gaze now participates in a game between the focus on superficial elements, and those at a distance, where subject and object blend themselves.
He/she can also touch those stones, and during that process, notice its aroma. By sharpening that other sense, vision loses its primary position, and, at the same time, a unique mnemonic is activated, one that only a relation with smell can promote.
It is precisely an aroma that stimulates a memory, allowing us to travel. Therefore, we shall ask a question to shapes: how do we see each other, how do we see things, and how things – that have different ways to exist – see us?
A Pele da Terra 6
Escultura, 2023
Combinando um espelho de aumento com pedras amazônicas, instaura-se um jogo sobre a visibilidade. O espelho, que acaba por servir como uma base que suporta os minerais, cria uma duplicação do objeto. Ao se aproximar da peça, o sujeito é capaz de mirar ao mesmo tempo as pedras, a projeção ampliada delas, e a sua própria face refletida na superfície polida do espelho. O olhar entra em um jogo entre focar nos elementos superficiais e no fundo, onde sujeito e objeto se fundem.
Aquele que se aproxima da obra pode, ainda, manusear essas pedras e, nesse processo, dar-se conta do seu aroma. Ao aguçar esse outro sentido, destitui-se a visão de um lugar prioritário, ao mesmo tempo, ativa-se uma capacidade mnemônica única, que apenas a relação com os cheiros é capaz de promover. É justamente um aroma que estimula uma memória e nos fazer viajar. Perguntamos, assim, às formas: como nos vemos, como vemos as coisas e como as coisas — que têm outros modos de existência — nos veem?